Suingou, papá.

Vocês me desculpem, mas eu preciso aproveitar o sangue quente pra escrever. Preciso aproveitar o sangue cheio de axé fervendo pelos capilares, a transpiração intensa. A noite foi maravilhosa.
Puro êxtase diante de uma banda da qual o ritmo eu já conhecia e as canções eu já tinha decoradas na cabeça.
Engraçado que o primeiro show que eu fui da Suinga eu não senti isso. Mas hoje, na verdadeira estréia da banda, foi como se eu pudesse voltar aos antigos carnavais, com Chiclete tocando no trio e uma vontade da boa e velha serpentina que, ao contrário do que muito dizem, nunca saiu de moda. Sim, é hora de misturar estilos e décadas em uma coisa só. É preciso resgatar o que é bom e deixar de lado o que não foi.
Uma banda de rock tocando axé? AXÉ-ROCK-VINTAGE. Uma banda desse mundo visto como "alternativo", mas que pra mim, deveria ser obrigatório. E de início, em uma casa fechada, no Rio Vermelho, reduto dos "alternativos", eles brilharam e fizeram brilhar. Fizeram brilhar a alegria, a vontade de festa. Resgataram o axé que se achava que tinha perdido.
Fizeram música por música, sem se ater a rótulos.

"Um novo tempo. Eu quero é me comunicar! Presto o contato, o sorriso e a idéia. Preste-me o cheiro e a temperatura".

O Tom do Sabor ficou pequeno pra festa da Suinga. A festa dessa música por música que transpirou música e fez transpirar, vaporizar e aquecer. Aqueceu. Suingou, papá.
Seja bem vinda, Suinga.


http://www.suinga.com.br/

@_Suinga




A banda Suinga é Fox - Guitarra e Voz / Marceleza - Guitarra e Voz / Dinho - Contra-baixo / DuTxai - Bateria / Didoné - Percussão.