Semana passada, não se falou em mais nada no ambiente musical da internet: a onda agora são os clipes interativos? Eu, que adoro esse mundo, não pude deixar de vir aqui comentar, não é? Em um momento que estamos cada dia mais conectados, atrelado ao fato da industria fonográfica estar se reinventando, esse tipo de estratégia aparece até como uma coisa que demorou a tomar essa proporção, não?
Muito embora tenha conhecido o som do Dylan depois de velha (nem tão velha assim, ok?), sou assumidamente fã do cara e aconselho a quem não conheça, procurar AGORA a discografia dele pra ouvir.
Like a Rolling Stone nunca teve um clipe oficial, e o que você pode encontrar no Youtube são videos montados por fãs, ou apresentações ao vivo. No clipe especialmente criado para a internet, o internauta pode ir mudando os canais de uma televisão, onde todos os programas são embalados pela canção de Dylan. Desde uma comédia romântica a um canal de notícias, passando por programas de culinária e reality show.
O clipe tem cerca de cinco minutos, mas se você assistir cada canal independentemente, do inicio ao fim, você gastará cerca de uma hora e quinze minutos.
O video foi feito como ação para o lançamento de um box chamado The Complete Album Collection Volume 1, que contém 47 discos entre álbuns gravados em estúdio, ao vivo e compilações.
Você pode curtir a experiência clicando aqui (lembre-se de acessar somente de um desktop ou notebook, ok?).
DYLAN E O REVISIT AO PASSADO
A internet balançou ao som de Like a Rolling Stone. Sucesso de 1965, do álbum Highway 61 Revisited do Bob Dylan, a canção ganhou um clipe depois de 48 anos de gravada.Muito embora tenha conhecido o som do Dylan depois de velha (nem tão velha assim, ok?), sou assumidamente fã do cara e aconselho a quem não conheça, procurar AGORA a discografia dele pra ouvir.
Like a Rolling Stone nunca teve um clipe oficial, e o que você pode encontrar no Youtube são videos montados por fãs, ou apresentações ao vivo. No clipe especialmente criado para a internet, o internauta pode ir mudando os canais de uma televisão, onde todos os programas são embalados pela canção de Dylan. Desde uma comédia romântica a um canal de notícias, passando por programas de culinária e reality show.
O clipe tem cerca de cinco minutos, mas se você assistir cada canal independentemente, do inicio ao fim, você gastará cerca de uma hora e quinze minutos.
O video foi feito como ação para o lançamento de um box chamado The Complete Album Collection Volume 1, que contém 47 discos entre álbuns gravados em estúdio, ao vivo e compilações.
Você pode curtir a experiência clicando aqui (lembre-se de acessar somente de um desktop ou notebook, ok?).
24 HORAS: ESTRELANDO PHARREL WILLIAMS
E pra quem achava um exagero os curta/média-metragens do saudoso Michael Jackson, eu gostaria de dizer que sempre vai aparecer alguém pra tentar exagerar ainda mais. O que dizer então quando você escuta alguém dizer que o MC Pharrell Williams (aquele que conseguiu trabalhar com a Britney Spears e o Austin Powers em um mesmo clipe - saudades) conseguiu a proeza de fazer um videoclipe de 24 horas?
Calma que não é nada disso o que você está pensando. O clipe da música Happy tem realmente 24 horas, e pode ser assistido através do site 24hoursofhappy.com, mas o que se chama de clipe, é na verdade uma sequência de clipes que simula os horários do dia. Em cada clipe, uma pessoa faz a sua parte: canta, dança, passeia pelas ruas de Los Angeles e faz a papagaiada-que-lhe-convir para o momento, incluindo é claro o Pharrell, algumas celebridades, e "pessoas-comuns".
Ao se pensar em um videoclipe com 24 horas de duração, você pode achar que a experiência vai ser cansativa e é exatamente aí onde a interatividade entra para resolver esse pequeno problema. No site do clipe, os internautas contam com um relógio, divido nas horas do dia, e podem assistir a qualquer momento que preferir. Ao clicar em diferentes momentos do dia, a música vai sempre continuar de onde parou. Você vai passar horas ouvindo a mesma música (que nem é ruim) em looping. Tenha certeza que a música vai ficar na sua cabeça. E, aliás, acho que é essa a ideia do clipe.
E QUEM SE SAIU MELHOR, MARLA?
Na minha modesta opinião? Apesar de ser fã incondicional do Dylan, achei realmente que o Pharrel "inovou" muito mais.
Mas antes de dar a resposta final a isso, é preciso ter em mente algumas coisas: O Dylan gravou um clipe de uma música antológica, que já foi regravada pelos Rolling Stones e tantos outros, para um ação específica. A música nem precisava de um clipe desses. Aliás, o Dylan não precisava disso para ter uma história. Entretanto, o fato de o ter feito, faz do Dylan um cara que está se modernizando, e trazendo a juventude para próximo da sua história, e, é claro, chama atenção pra venda do seu box-set.
Do outro lado, está o Pharrell que, apesar de trabalhar na área da música há anos, não é nenhum Dylan, e está divulgando uma música nova, que tem que colar na sua cabeça. Qual a melhor forma para isso? REPETIÇÃO, REPETIÇÃO E REPETIÇÃO.
Ou seja, cada um se saiu bem em seus objetivos, e acredito que vou passar a semana cantando "Because I’m happy...", e esperando que nós tenhamos mais Happies e menos Wrecking Balls no futuro.
Falando nisso, quem você acha que vai ser o próximo a se arriscar?
Falando nisso, quem você acha que vai ser o próximo a se arriscar?
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P.S.: Lembrando que esses não foram os primeiros clipes interativos da história, as bandas Arcade Fire e Queens of the Stone Age também já tiveram clipes interativos. E essas ainda por cima são bandas as quais eu lembro. Se alguém souber do primeiro clipe interativo, pode deixar nos comentários.