15 anos sem Renato

Eu nunca consigo deixar de não escrever sobre esse dia. No ano passado, escrevi um post em um outro blog e, talvez, muita coisa tenha mudado de lá pra cá.

Eu comecei dizendo que não gosto muito de escrever sobre os meus ídolos, o que eles representam pra mim, ou discutir a trajetória deles. Mas depois de sábado (quando eu finalmente encontrei o Dado Villa-Lobos) eu percebi que isso é essencial. Quem quiser saber, vai ficar sabendo, e quem não quiser, não fica. Por isso é que eu resolvi criar esse blog novo aqui. ;)

Depois eu disse que eu não gostava muito de falar sobre eles por que todos são pessoas comuns, "sem poderes divinos". E tem motivo melhor pra admirar alguém? Pessoas que são como eu ou você e ainda assim, conseguem fazer a diferença na vida de milhares de pessoas.

Hoje fazem 15 anos sem Renato Russo.
E o que eu escrevi há exatamente um ano ainda faz sentido:
"(...) quando ele morreu eu tinha apenas 7 anos de idade. E o que significa a morte de um cantor aos sete? Nada. Acho que o Renato Russo faz muito mais parte da minha vida hoje do que naquela época. Tá, eu sei. Parece meio banal, ou parece só mais uma fã de uma banda que marcou uma geração. E quer saber de uma coisa? Não parece não. É isso mesmo."
Ainda lembro como fiquei sabendo da notícia e como tudo aquilo pareceu confuso pra mim. No Jornal Nacional, assistindo o Tio Bonner comentar sobre o cantor que o Brasil jamais veria igual.
"Então, eu não sou o tipo de fã que coleciona tudo da banda e sabe cantar Faroeste Caboclo de trás pra frente. É, eu queria ter vivido ele. Sentido o que é um show dele. Percebido o que ele transmitia pessoalmente. Afinal, eu vivo (ou só vivia) é de passado. Mas também não fico me lamentando por isso. Afinal ele deixou a grande obra dele ai."
Cresci ouvindo Legião, mesmo depois da morte do Renato. Mas sempre tive aquele sentimento de "deve ter sido muito bom". Tenho o maior apego pela década de 80. As bandas, a sonoridade, as histórias. As vezes me sinto como se tivesse sido uma integrante da "Turma da Colina" de Brasília.
Então, eu digo que eu lamento sim não ter vivido essa época, mas também gostaria de dizer, que o espírito da Legião foi vivido, foi sentido e foi percebido. Não só por mim, mas por milhares de outros fãs da Legião que perderam um dos seus maiores ídolos aos 3, 4, ..., 20, 21, ..., 46, e etc. E até mesmo aqueles fãs que nasceram depois de 96.

Renato Russo se foi, mas continua presente. Sempre.