Tron - O Legado

Mantendo minha promessa tanto de escrever mais aqui quanto de ir mais ao cinema, peguei aqueles dois reais dentro da carteira e parti pra sessão das 15:00h do Salvador Shopping assistir Tron - O Legado com os amigos.

Antes de mais nada eu tenho que dizer que o FILME É BOM SIM! O que? fui a primeira pessoa a falar bem dele pra você? Que péssimo, então.

Uma produção Disney com uma ajudinha básica da Pixar, Tron - O Legado é a continuação do filme de 1982, Tron - Uma Odisséia Eletrônica. Ou seja, se você achou o filme ruim por que não entendeu a história, esse é o único motivo plausível [mentira, você também pode não entender patavinas de computação e lógica de programação e ter ficado completamente perdido - mas essa desculpa eu não aceito, por que a gente pode simplesmente dar asas à imaginação e acreditar naquele mundo-quase-Tolkien-cibernético]. Então, tentando te dar uma forcinha nesse quesito, vou tentar lembrar um pouquinho do primeiro filme [que eu assisti já há uns anos e só consigo resgatar qualquer coisa da memória, graças ao nosso lindo e querido amigo Google] e tentar atrelar um pouco com a história do segundo, okay?

Tron

Antes de mais nada, é importante salientar que Tron - Uma Odisséia Eletrônica foi um dos primeiros filmes a utilizar toda essa coisa de computação gráfica e ele é QUASE que um avô de Matrix. Esse filme conta a real história do Kevin Flynn (que foi feito pelo mesmo cara que fez esse segundo filme), do CLU e do tal do TRON (no título do filme - que eu ouvi uma criatura perguntar no cinema: "não entendi o nome do filme!"]. Enfim, o Flynn tem a tal corporação dele, a ENCOM e ele é o presidente e tudo mais dessa empresa, e como sempre tem um espírito-de-porco que quer acabar com tudo e ficar rico às custas dos outros, né? E esse é o tal de Ed Dillinger, que rouba a empresa usando um programa. (um tal de MCP) Nessa de roubar a empresa, o Flynn é demitido e tentando conseguir a empresa de volta ele cria o CLU pra invadir MCP, que destrói o CLU. Ao destruir o CLU ele mexe também com o acesso de outros funcionários e aí aparece o Alan (aquele que no segundo filme só aparece pra receber o bip!) que cria o TRON (êta!) pra ficar de vigia no MCP.
Desenrola uma trama danada com invasões e tudo mais, até a utilização do Laser (que existe dentro da ENCOM) que tranfsorma vida orgânica em vida digital (ou algo do tipo). Ou seja: todo mundo dentro do computador, agora.
No fim das contas, com a ajuda de Tron, Flynn consegue provas contra o Ed e tudo acaba bem.

Entenderam o por que do TRON?
Nesse segundo filme, o coitado do TRON se acaba tão rápido, e tem a história do CLU (programa que tinha morrido) como grande mandante das áreas. A explicação dessa parte eu posso ter perdido entre os comentários das amigas sobre como o Garrett Hedlund merecia um prêmio só por ser lindo (não que eu discorde delas ;D)

Tron: Legacy

Partindo pra falar sobre o que eu vim falar de verdade, me desculpem os críticos de cinema, mas preciso discordar de algumas pessoas e dizer que o filme Tron não precisava de uma continuação, mas já que continuou, ainda bem que foi bem feito. 
Uma noite, no ano de 1989 (é, eu fixei isso do filme), Kevin Flynn dá adeus a seu filho Sam e parte para o trabalho (depois de conseguir de volta a ENCOM no filme anterior, Kevin continua com o Arcade que montou depois de ser demitido) e não volta nunca mais. Sam cresce sem muitas perspectivas de vida e sem interesse pela empresa do pai. Até que Alan (o que fez o Tron no primeiro filme) recebe um bip do antigo escritório de Kevin e avisa a Sam. E o que faz todo bom curioso? Vai atrás. É a partir daí que o coitado do Sam se vê em um mundo diferente do seu e, então, se desenrola toda a história.
O filme utiliza da arte da programação de jogos para incrementar uma história antiga, por que, né? Essa parte de resgatar alguém de um mundo distante é bem demodê, eu admito. Mas o legal foi o modo como trabalharam essa história dentro de um cenário de computação gráfica, mesclando a isso pitadas de genética, antropologia e até religião.
Viajei? Veja bem. O tio Flynn (antes de sumir) fica maravilhado pela "Grade" (um local construído por ele) pelo fato de encontrar ISOs lá! Quer dizer, ele constrói um microambiente digital, onde aparecem "algoritimos isomórficos" - programas que se constroem sozinhos -, do nada. E esses ISOs são quase como usuários, com vida!Tá certo que é uma vida muito mal explicada, ela quase que evidencia a geração espontânea, mas relevemos, por que Darwin apareceu na Terra e não por lá. E o tal do CLU, atrás de um "mundo perfeito", vê os ISOs como vírus e acaba com tudo por que considera-os como imperfeições (alô, Hitler!).
A religião fica por conta da imagem do tio Flynn formada pelos programas (o Criador) e todo o misticismo em relação aos usuários.
Sei lá, acho que o que mais me empolgou no filme foi exatamente essa mistura de conhecimentos (até por que, como dizia meu professor de química do terceiro ano: "o conhecimento é um só, a gente é que divide ele pra estudar". Na certa ele parafraseava alguém famoso e não dava os devidos créditos, mas tudo bem).

E só pra entender sobre o Tron no segundo filme, ele é um "soldado" que foi reformatado pelo CLU e que agora se chama Rinzle. Por que ele foi reformatado e depois ficou do bem, eu não entendi.
Olha, eu tinha gostado mais do filme antes de começar a escrever esse post, viu? Percebi que fiquei com muita coisa sem entender. HAHAHA
Aliás, se você aí, leitor, quiser ajudar com as dúvidas, ou me chamar pra reassistir o filme, eu agradeceria muito, viu? hahaha

Enfim, tirando a história comum (não dá pra dizer que é chata! É um filho tentando resgatar um pai, gente! Dá um desconto!), Tron é sim um filme que não dá pra deixar de assistir. Ele honra a modinha geek e é certeza de divertimento! ;D Se você não assistiu com medo dos comentários já lidos, leve esse em consideração e vá ao cinema!



imagens do site Adoro Cinema